Por Renato Nunes Bittencourt, filósofo e professor.
Zygmunt Bauman fala sobre a ansiedade e a angústia que é viver em nossa atual condição sociocultural, marcada por infinitas possibilidades de escolhas e pela falta de solidez e durabilidade
O mundo pós-moderno é marcado pela angústia das possibilidades, das escolhas e da falta de modelos. E ninguém melhor pensa o tema hoje que o polonês Zygmunt Bauman. Sua obra se caracteriza pela extrema perspicácia na análise dos problemas sociais que perpassam a experiência cotidiana do homem contemporâneo na conjuntura valorativa que é denominada pelo autor como “Modernidade Líquida”. A questão da especulação sobre o medo público, o uso das disposições consumistas dos indivíduos como suporte para a manutenção da economia e a fragmentação da experiência ética da alteridade são temas recorrentes na trajetória intelectual deste prolífico sociólogo de formação que, todavia, por sua riqueza de interpretação, muito contribui para o desenvolvimento de um estudo filosófico enraizado na crítica da ideologia da sociedade de consumo e na despersonalização de um mundo desprovido de ampla cooperação interpessoal. Bauman é professor emérito de Sociologia da Universidade de Leeds, no Reino Unido. Grande parte de sua obra está publicada no Brasil pela Jorge Zahar, que tornou acessível a obra do pensador, que é um exemplo de dedicação intelectual. Os problemas sociais destacados por Bauman em suas obras são apresentados de maneira clara e solidamente argumentada. Nesta entrevista, pontos cruciais de suas ideias são revisitados.
Zygmunt Bauman fala sobre a ansiedade e a angústia que é viver em nossa atual condição sociocultural, marcada por infinitas possibilidades de escolhas e pela falta de solidez e durabilidade
O mundo pós-moderno é marcado pela angústia das possibilidades, das escolhas e da falta de modelos. E ninguém melhor pensa o tema hoje que o polonês Zygmunt Bauman. Sua obra se caracteriza pela extrema perspicácia na análise dos problemas sociais que perpassam a experiência cotidiana do homem contemporâneo na conjuntura valorativa que é denominada pelo autor como “Modernidade Líquida”. A questão da especulação sobre o medo público, o uso das disposições consumistas dos indivíduos como suporte para a manutenção da economia e a fragmentação da experiência ética da alteridade são temas recorrentes na trajetória intelectual deste prolífico sociólogo de formação que, todavia, por sua riqueza de interpretação, muito contribui para o desenvolvimento de um estudo filosófico enraizado na crítica da ideologia da sociedade de consumo e na despersonalização de um mundo desprovido de ampla cooperação interpessoal. Bauman é professor emérito de Sociologia da Universidade de Leeds, no Reino Unido. Grande parte de sua obra está publicada no Brasil pela Jorge Zahar, que tornou acessível a obra do pensador, que é um exemplo de dedicação intelectual. Os problemas sociais destacados por Bauman em suas obras são apresentados de maneira clara e solidamente argumentada. Nesta entrevista, pontos cruciais de suas ideias são revisitados.