Por Nilton Bonder, rabino e escritor.
Vivemos num mundo carente de parâmetros no qual há insuficiência de identidades e de elementos que qualifiquem. Há uma crise moral que tem dificuldade em classificar se algo é benéfico ou maléfico, justo ou injusto, permitido ou proibido. Mas se a qualidade anda em baixa, o mesmo não podemos dizer das quantidades. Elas são inéditas - de gente, de consumo, de longevidade, de destruição, de informação e de tudo mais.
Passa desapercebido ao ser humano comum que a quantidade também qualifica. As quantidades representam fronteiras entre distintas qualidades. Diz um ditado: "uma mentira é uma mentira; duas, são mentiras; mas três, é política". Ou como observou W.Minzer: "se você rouba de um autor é plágio; se você rouba de muitos é pesquisa". Plágio e pesquisa ou mentira e política são